O produtor Nivaldo Michetti volta a chamar a atenção, desta vez, recebendo o Prêmio Sistema Famato em Campo por suas práticas na atividade leiteira do Mato Grosso
Na terra em que predominam grãos e gado de corte, um produtor de lei¬te ganha desta¬que entre os sete maiores empreendedores de 2016. É a primeira vez que isso acontece na entrega do Prêmio Sistema Famato em Campo, que anualmente reconhece propriedades rurais que trabalham com atividades diversificadas, como agricultura, pecuária, floresta plantada e agroindústria, e que melhor apresentaram interação e resultados econômicos entre os diferentes sistemas.
Quem fez a diferença desta vez entre os tradicionais agropecuaristas do Mato Grosso foi Nivaldo Michetti, um paranaense que chegou por lá em 2010, vindo de Itararé-PR, onde começou a se tornar conhecido no País. Foi na década passada que ele se notabilizou pela eficiência de sua propriedade, mas principalmente por se dispor a compartilhar conhecimentos técnicos e pessoais sobre a atividade leiteira, o que fez recebendo visitas ou através de palestras pelos quatro cantos, mudando a vida de muita gente que teve contato com ele.
Estabelecido há seis anos em Paranaíta-MT, fez da sua Estância Vanda (nome que homenageia sua companheira de muitas histórias) uma referência no Estado. A premiação foi dada pela Famato-Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Senar-MT e Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária. Além de superar o desafio de produzir leite na região amazônica, ele demonstrou a viabilidade da exploração a partir da integração de condições ambientais com preceitos de bem-estar animal.
“Quando chegamos, a propriedade, de 100 ha, não possuía nenhuma benfeitoria, nem casa, nem energia elétrica; água, só nos córregos; o solo estava bem degradado… Mas essas eram as condições ideais para fazer aquilo a que nos propusemos, ou seja, iniciarmos nas mesmas condições em que muitos se encontram na região, com o intuito de mostrar que era possível montar algo singelo, mas funcional e produtivo, mostrar que o solo se recupera e se torna a base de toda a exploração agropecuária. Enfim, demonstrar a viabilidade do projeto leiteiro”, relata.
Isso foi o que fez, planejou e tem dado resultado. Muitos que passam pela estância ficam impactados com a simplicidade do sistema e até se com¬prometem em levar a lição para casa.
Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 629, de março 2017