Startup mineira apresenta ferramentas gratuitas para calcular a pegada de carbono e analisar o escore de sustentabilidade na pecuária leiteira

As ferramentas inovadoras foram lançadas pelas cofundadoras da ESGPEC, Bruna Silper e Heloise Duarte, durante a 19ª edição da Megaleite (Belo Horizonte/MG)

 

A startup ESGPEC anunciou o lançamento do projeto “Despertar Regenerativo: Integrado, Equilibrado, Biodiverso”, que disponibiliza gratuitamente aos produtores a inédita calculadora de pegada de carbono e o App para atribuir escores de sustentabilidade na atividade leiteira. As ferramentas inovadoras foram lançadas pelas cofundadoras da ESGPEC, Bruna Silper e Heloise Duarte, durante a 19ª edição da Megaleite (Belo Horizonte/MG), diante dos diversos elos da cadeia produtiva: pesquisa e ensino (Elizabeth Fernandes – Embrapa Gado de Leite; Sandra Gesteira – UFMG); indústria de beneficiamento do leite (Iago Silveira – Alvoar Lácteos; Claudinei Chaves – Lactalis); indústria de insumos (Agener Grandes Animais, Boehringer Ingelheim, Evonik, Belgo Mineira, dentre outras), além de produtores de leite e técnicos do setor.

 

O projeto permite aos produtores de leite calcular a pegada de carbono e fazer simulações do impacto das alterações em manejos, produtividade, entre outros. A calculadora PEC CALC foi desenvolvida de acordo com diretrizes globais e metodologias validadas, aplicadas em condições brasileiras, priorizando a experiência do usuário. Para a realização do cálculo da pegada de carbono, são necessárias informações como dados gerais da propriedade, manejo de dejetos, pastagens, rebanho, combustíveis e energia, alimentação e detalhamento dos ingredientes da dieta.

 

Além da PEC CALC, a ESGPEC disponibiliza gratuitamente ferramentas para obter escores de sustentabilidade e de bem-estar animal, via aplicativo para iOS e Android.

 

 

Benefícios e Impacto

 

O uso das soluções permite aos produtores identificar áreas com maior potencial para a redução das emissões, aplicar estratégias de mitigação e aumentar a eficiência do negócio. Com os diagnósticos, os produtores podem monitorar a evolução ao longo do tempo, identificar pontos de melhoria e comprovar seu compromisso com a Agenda ESG. O amplo uso dessas tecnologias permitirá a construção de bancos de dados para benchmarking e a identificação das melhores práticas, visando transformações positivas diante das mudanças climáticas e dos novos hábitos de consumo, culminando com o fortalecimento do setor.

 

 

Detalhes do Projeto “Comunidade Despertar Regenerativo”

 

O objetivo é fomentar uma rede de produtores e técnicos, envolvendo os setores privado e público, com uma visão comum sobre a aplicação abrangente dos conceitos de sustentabilidade na pecuária. As próximas etapas incluem a utilização das ferramentas por produtores e técnicos, a construção de um banco de dados para gerar insights e a formação de uma comunidade para a troca de conhecimentos entre os stakeholders.

Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, professor na Universidade de Copenhague/Dinamarca, especialista em pecuária regenerativa e emissão de gases de efeito estufa na produção de leite e cocriador da ESGPEC, destacou: “Muito além de um conjunto de ferramentas, este projeto permitirá estabelecer uma comunidade de agentes de mudança que desejam contribuir para a evolução da pecuária, promovendo a colaboração, o diálogo e a inovação para, juntos, alcançarmos objetivos de desenvolvimento com envolvimento, de forma integrada, equilibrada e biodiversa”.

 

Os interessados podem se inscrever e acessar os recursos no endereço www.esgpec.com.br/ieb. Após o cadastro, as instruções serão enviadas por e-mail e whatsapp.

 

 

Demandas Mundiais de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa na Pecuária

 

A redução das emissões de gases de efeito estufa é uma prioridade global, com metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, para limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Mais recentemente, com a assinatura do pacto do metano, mais de 100 países se comprometeram em reduzir 30% das emissões de metano até 2030. Segundo o relatório de 2023 da FAO, a pecuária é responsável por aproximadamente 12% das emissões antropogênicas globais de gases de efeito estufa, com o metano representando cerca de 40% dessas emissões devido à fermentação entérica em ruminantes. A implementação de boas práticas na pecuária é crucial para atender as metas. Essas práticas ajudam a mitigar os impactos no meio ambiente e contribuem para melhorar a eficiência, promovendo a produção responsável e assegurando a longevidade do setor.

Fonte: ESGPEC

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