Sarapuí amplia uso de leite de búfala na merenda escolar

leite de búfala

Leite de búfala ganha espaço na alimentação escolar em Sarapuí

O leite de búfala está conquistando espaço na alimentação escolar do município de Sarapuí, em São Paulo. A prefeitura, por meio da Diretoria de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Turismo, vem ampliando a presença de produtos derivados desse leite na merenda das escolas públicas municipais e estaduais. Desde o início de 2025, todas as escolas do município já oferecem iogurte de búfala nos sabores morango e coco, um avanço que reforça o compromisso local com a alimentação saudável e o fortalecimento da cadeia produtiva bubalina.

Divulgação dos produtos bubalinos nas escolas

Segundo o diretor de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Turismo de Sarapuí, Márcio Sturaro, um dos principais desafios é aumentar o conhecimento sobre o leite de búfala e seus derivados entre os alunos e funcionários da rede escolar. “Percebemos que era necessário divulgar mais esses alimentos. Fizemos uma reunião com a diretoria de educação e a nutricionista para mostrar que o leite de búfala é um produto de extrema qualidade, até mais valorizado que o leite de vaca”, explicou.

Com essa iniciativa, a prefeitura organizou um encontro com todas as merendeiras do município no Centro de Integração Comunitária. Durante a atividade, foram apresentadas informações nutricionais e comparativos de qualidade entre o leite de búfala e o leite bovino. Também houve degustação de produtos como queijo frescal, mussarela, manteiga e doce de leite. As participantes preencheram formulários de avaliação para contribuir com o planejamento das próximas etapas do projeto.

Novos derivados de leite de búfala previstos para 2026

O plano da prefeitura de Sarapuí é ampliar a oferta de produtos à base de leite de búfala na merenda escolar já na próxima chamada pública, prevista para o início de 2026. A proposta inclui a inserção de manteiga, requeijão e queijo frescal bubalinos no cardápio das escolas.

Além disso, o município mantém um Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com recursos municipais, que já destinou cerca de R$70 mil à compra de produtos derivados de leite de búfala. Esse programa também contempla o fornecimento de iogurte bubalino para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Sarapuí ainda recebeu um aporte federal de R$175 mil, o que permitirá ampliar o alcance da iniciativa e fortalecer a economia local.

Apoio da ABCB e perspectivas para outros estados

A Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) acompanha de perto o avanço de Sarapuí e vê o projeto como uma oportunidade de inspirar outras regiões do país. Para o presidente da ABCB, Simon Riess, a parceria entre criadores e poder público é fundamental para aumentar o consumo e o conhecimento sobre o leite de búfala. “Este é um daqueles trabalhos que fazem brilhar os olhos. É essencial contar com o envolvimento de gestores comprometidos, que atuem junto aos criadores para entregar produtos de qualidade diretamente às crianças”, destacou.

Riess lembra que Sarapuí é um dos principais polos bubalinos do estado de São Paulo e referência nacional, com grande concentração de criadores dedicados à produção de leite de búfala. Essa experiência bem-sucedida, segundo ele, deve inspirar outros municípios e estados a desenvolverem programas semelhantes.

Fortalecimento da cadeia produtiva bubalina

O presidente da ABCB ressalta ainda que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), é parceiro do projeto e já presta assessoria a 30 criadores da região. A expectativa é que esse número cresça nos próximos meses, impulsionando o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite de búfala.

Ao promover o consumo de derivados bubalinos nas escolas, Sarapuí não apenas valoriza a produção local, como também amplia o acesso das crianças a alimentos de alto valor nutricional. “Divulgar os benefícios do leite e da carne de búfala é essencial para formar uma geração mais consciente sobre a origem e qualidade dos alimentos”, concluiu Riess.

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