Ganhos produtivos com o Rio Genética

Lançado há sete anos, o programa promove melhoramento dos rebanhos fluminenses a partir de financiamento atraente e acesso a animais de qualidade

por Denise Bueno

Um programa de fomento à pecuária leiteira do Rio de Janeiro completou sete anos. Tem o nome de Rio Genética e assume a proposta de promover o melhoramento genético dos rebanhos, aumentar a eficiência e a produtividade, e elevar a renda dos pequenos produtores. Hoje, seus resultados são considerados positivos pelo gestor, a Seapec-Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, que tem a missão também de suprir a demanda do produto no Estado.

Com área reduzida para a expansão, as ações têm priorizado a melhoria genética e, por consequência, o aumento da produtividade dos animais. Para isso, a coordenação tem buscado um formato com foco no crescimento estruturado do produtor e a sua real capacidade de produção. O projeto tem parceiros como Banco do Brasil, Emater e ACERJ-Associação de Criadores do Estado do Rio de Janeiro.

Para entender toda a extensão do programa e a sua aplicabilidade, em agosto último o Rio Genética passou pela sua primeira avaliação em tese de mestrado da Universidade Federal de Juiz de Fora. Paulo Henrique Moraes, zootecnista, especialista em gestão pública e superintendente da defesa agropecuária da Seapec, respondeu
pelo trabalho. Segundo ele, toda a política pública necessita de avaliação para conferir se seus resultados atendem
aos objetivos propostos.

O professor orientador, Paulo do Carmo Martins, destaca a forma como o governo organizou o programa, em especial, o financiamento acoplado ao serviço prestado. “Numa sociedade em que o mercado não está suficientemente maduro para aportar os serviços aos produtores e, por outro lado, considerando a condição de renda que apresentam, o formato se mostra como uma boa solução”, cita ele.

O programa busca também reduzir a diferença entre o consumo de lácteos, cerca de 2,8 bilhões de litros/ano, e a produção interna, na faixa de 600 milhões de litros/ano, o que significa que o Rio de Janeiro produz pouco mais de 21% do leite que consome.

Tendo como base o financiamento de animais de genética comprovada, equipamentos e assistência técnica, o Rio Genética foi idealizado pelo secretário da pasta, Christino Áureo da Silva, que também é veterinário e tem larga experiência em crédito rural, assim como a equipe de técnicos que o assessorou.

 

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 629, de março 2017

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