Lançada pela Embrapa Gado de Leite em outubro de 2016, a cultivar de capim-elefante BRS Capiaçu ainda vai completar três anos e já ocupa uma posição importante na pecuária de leite nacional. Quem a adota só tem elogios à qualidade da forrageira, conhecida pela versatilidade no uso (pode ser fornecida picada verde no cocho ou na forma de silagem) e pela alta produção de matéria seca (chega a produzir 50 toneladas de matéria seca por hectare/ano).
Segundo o pesquisador, Francisco Lédo, “a BRS Capiaçu é o maior lançamento da história do programa de melhoramento de capim-elefante da Embrapa”. Para ele, que fez parte da equipe que desenvolveu a cultivar, a grande inovação do produto é o fato de a gramínea poder ser utilizada para silagem a um baixo custo.
O material se adapta aos diferentes tipos de solo e tolera as variações climáticas, diminuindo os riscos na alimentação do rebanho. “A BRS Capiaçu é bastante eficiente no uso da água e é tolerante a veranicos”, diz Lédo. Essas características favorecem sua adoção em diferentes regiões do País. Mas, por enquanto, a cultivar foi registrada junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) apenas para uso no Bioma Mata Atlântica.
No entanto, há produtores utilizando o capim próximo aos biomas da Caatinga, da Amazônia e, principalmente, do Cerrado. O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho, informa que já estão em andamento os ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) para que seja recomendada também para uso no Bioma Cerrado. “Há ainda demanda para que o capim seja implantado em outros países da América Latina, com estudos avançados junto à República Dominicana”, revela Carvalho.
Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 659 (novembro/2019)