A associação solicita uma medida emergencial contra o surto predatório das importações de lácteos
Na reunião da última sexta-feira, 5, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, com a presença da ministra Tereza Cristina e sua equipe, o setor debateu medidas para socorrer os produtores que enfrentam um momento econômico e social muito delicado.
Em sua maioria, o colegiado formado por 35 instituições do setor, entendeu como imperativo estabelecer medida emergencial para frear o surto das importações de lácteos do Mercosul, que, desde setembro de 2020, prejudica a cadeia produtiva.
Além disso, há outros fatores que agravam a crise do setor: a começar pelo forte aumento generalizado das cotações de insumos, em especial para o milho e o farelo de soja, que gerou uma elevação sem precedentes no custo de produção ao longo de toda cadeia produtiva. Outro ponto de preocupação é a retração no mercado dos principais derivados lácteos (leite longa vida, queijo muçarela e leite em pó), que ocorre devido ao forte descompasso entre a oferta e a demanda.
Para enfrentar a caótica conjuntura, as lideranças apresentaram à Ministra um pleito indicando a suspensão imediata das importações de lácteos da Argentina e do Uruguai, até que os setores produtivos do Brasil e dos países vizinhos estabeleçam tratativas de convivência mútua.
Como medida equitativa, as entidades sugeriram tributar os lácteos importados, da mesma forma que o açúcar brasileiro é tributado para entrar em países do Mercosul, sobretudo na Argentina.
A expectativa é que a Ministra do Mapa leve o pleito do setor ao Presidente da República para reverter imediatamente os danos causados pelos surtos de importações.
Fonte: Abraleite
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