Na safra de inverno de 2018, os produtores paranaenses começaram a sentir, de forma mais intensa, os prejuízos causados pela cigarrinha do milho (Dalbulus maidis). A praga era uma velha conhecida das lavouras de milho, mas, até então, sem causar danos econômicos graves a cultura, que é de suma importância para alimentação de bovinos leiteiros através da silagem. De lá para cá, o inseto vem causando prejuízos significativos, levando produtores e órgãos de segurança fitossanitária a buscarem novas formas de controle. Segundo relatos de produtores, em alguns casos, as perdas chegam a mais de 70% na produção.
A necessidade de ampliar esse monitoramento foi diagnosticada ao longo de reunião da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP. Em face disso, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) lançou, em outubro deste ano, um aplicativo de celular para o monitoramento das doenças do milho. O aplicativo MonitoraMilho ajuda a identificar onde há presença do milho tiguera e de cigarrinhas no Estado. As informações do levantamento vão subsidiar ações de pesquisa dos órgãos estaduais.
De acordo com o coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas, Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Araújo, resultados desse monitoramento vão embasar os trabalhos de pesquisa para identificar as principais fontes de contaminação. “Essa ação não tem função de fiscalização, não vamos penalizar ninguém. É importante que os produtores contribuam, mandem informações, participem”, afirma.