Calor extremo pode impactar o rebanho bovino; pesquisador da EPAMIG dá dicas para a amenizar a situação

As mudanças climáticas têm gerado alterações no bem-estar e na produtividade de bovinos. A onda de calor que atuou na última semana impôs diversos desafios aos animais, quanto à manutenção da temperatura corporal, frequência respiratória e parâmetros produtivos e reprodutivos. 

Quando há combinação entre temperaturas elevadas e alta umidade relativa a situação pode piorar ainda mais. Nas criações de bovinos, a ocorrência de dias de calor extremo requer o monitoramento constante do rebanho. A identificação precoce de animais em condições de estresse térmico permite ações pontuais, para a reversão desse quadro crítico, promovendo o conforto e bem-estar dos animais. 

O período de calor extremo exige cuidados com o rebanho bovino – Foto: Erasmo Pereira/EPAMIG

Para o zootecnista e pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Adriano de Souza Guimarães, algumas medidas refletem positivamente na produção e rentabilidade, mas alerta que, em muitos casos, essas intervenções não são possíveis devido a necessidade de infraestrutura mínima, cuidados específicos e planejamento. 

“É preciso atentar para alguns conceitos de ambiência e bioclimatologia na pecuária, amenizando os efeitos do calor extremo ao gado. Entre elas, prover sombra e água fresca ao gado é o principal a ser feito. A água deve estar disponível em diferentes locais. É preciso abrigar os animais da exposição direta dos raios solares nas horas mais quentes do dia, seja através de sombra natural ou artificial”, explica o pesquisador. 

Outra medida é a adoção do manejo de banho em salas de resfriamento para vacas leiteiras, uma realidade em muitos empreendimentos pecuários. Ele também reforça a necessidade de alternar ciclos de aspersão de água com ventilação para evaporar a água, secando os animais.

Bezerros recém nascidos e lactentes em fases iniciais também são suscetíveis a diferentes estresses. Nos períodos quentes, como na estação do verão, recomenda-se que esses animais sejam protegidos das condições de exposição prolongada de sol ou tenham a chance de se esconder da ação direta dos raios solares. A água servida aos bezerros deve estar à disposição desde o primeiro dia de vida, pontua Adriano. 

Ainda segundo ele, vacas de alta produção sofrem mais com o calor quando comparadas a animais de menor capacidade leiteira. Pelo fato de produzirem mais leite, ingerirem maior quantidade de alimento, possuem metabolismo mais elevado e geram maior calor endógeno, portanto, são mais suscetíveis a entrarem em estresse térmico, sobretudo nas regiões mais quentes. 

Evitar exposição direta aos raios solares é uma das orientações do zootecnista – Foto: Erasmo Pereira/EPAMIG

“As vacas de raças europeias (taurinas) especializadas tendem a sofrer mais, já que são menos adaptadas ao calor. Isso não significa que vacas mestiças ou mesmo zebuínas puras não se beneficiem de medidas de proteção à elevação da temperatura ambiente, uma vez que esses genótipos sentem-se mais confortáveis em uma faixa de temperatura de médias mais altas (zona de termoneutralidade), comparadas às raças taurinas. Já o gado de corte também deve ser monitorado, pois, seguramente, se beneficia quando tem acesso à sombra, seja no confinamento ou no pasto”, conclui o profissional.

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