Através dos relatórios gerados com o controle leiteiro, o produtor pode gerenciar o rebanho a partir de indicadores de produção, reprodução, nutrição, genética, qualidade do leite e bem-estar animal


Por Diego Charles de Almeida Santos

Em 1905, o controle leiteiro foi oficialmente introduzido nos Estados Unidos, embora algumas associações de raças leiteiras, como a Holstein-Friesan Association, já adotassem a prática de forma esporádica desde 1883. O Brasil passou a fazer controle por volta de 1945. Hoje, pode¬-se perceber como essa prova zootécnica é muito importante para a evolução genética, para as provas de touros e testes de progênie, e também como ferramenta de gestão dentro da fazenda.

Uma maior adesão ao controle leiteiro é capaz de gerar um banco de dados com informações que permitem conhecer os rebanhos do país, identificando seus pontos fortes, fracos e as possibilidades de melhoria visando à qualidade e produtividade leiteiras. Convém destacar que o Brasil, além de ter iniciado a prática tardiamente, até hoje não expandiu o rebanho controlado conforme deveria.

Isso ocorre por falta de informação do produtor, por não conhecer o serviço e não saber de sua importância ou até mesmo por falta de incentivo do Governo. O que muitas vezes se desconhece é que o controle leiteiro é a melhor maneira de acompanhar a evolução produtiva de cada indivíduo no rebanho. Tudo começa com a visita do técnico, que responde pela coleta do maior número de dados possível, retornando-os aos cria¬dores em forma de relatórios e gráficos.

Devido à importância do serviço, a Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais realiza reciclagens anuais de seus técnicos de controle de produção e gestão de rebanhos, focando não somente na parte operacional, mas também no auxílio aos produtores, interpretando relatórios e sugerindo decisões na gestão do rebanho.

Antigamente o controle leiteiro se resumia em quantos quilos de leite a vaca produziu num certo dia multiplicado por 30, para mensurar sua produção mensal. Atualmente, através do controle leiteiro e dos relatórios gerados, o produtor pode gerenciar o rebanho auxiliando no manejo, produção, reprodução, nutrição, genética, qualidade do leite, conforto e bem-estar animal.

Com isso, é possível identificar quais são os melhores animais do rebanho através da análise da produção de leite, gordura, proteína em 305 dias e produção real, monitoramento da saúde da glândula mamária através dos índices de CCS (contagem de células somáticas), persistência e projeção à idade adulta, além da valorização comercial do rebanho/indivíduo e do marketing da propriedade.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 628, de fevereiro 2017

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