Rebanho da CowParade volta a São Paulo. Em sua 10ª edição no Brasil, o evento homenageia alguns destinos onde a mostra já aconteceu


Por Daniela Rosolen

Desde o final de abril, quem passa por pontos movimentados da cidade de São Paulo, como as avenidas Paulista e Cruzeiro do Sul, ou parques, alguns shoppings e estações de metrô, se depara com esculturas de vacas coloridas e estilizadas compondo a paisagem urbana. É o rebanho da CowParade, evento que, desde sua criação, em 1999, já espalhou vacas em fibra de vidro em 84 cidades do mundo e invadiu as ruas paulistanas pela terceira vez.

No Brasil, o projeto está em sua décima edição, ao longo das quais já percorreu o País de Norte a Sul. Mas desta vez, há um apelo diferente. Os animais foram decorados por artistas locais a partir da temática “Uma Viagem pelo Mundo”, su¬gerida pela Smiles, marca patrocinadora oficial. São 50 vacas que retratam alguns dos lugares onde a mostra já aconteceu e mais outras cinco pintadas, de forma livre, por parceiros da empresa.

Como sempre ocorre, houve uma seleção para escolher os indicados para tal intervenção. Entre os eleitos, estão artistas plásticos renomados, grafiteiros, designers, arquitetos e gente que ainda está começando no mundo das artes, mas que com o projeto tem a oportunidade de exibir suas criações em um dos maiores e mais bem-sucedidos eventos envolvendo arte de rua.

Entre as sugestões de destinos inter¬nacionais, Amsterdam é um deles. Foi a cidade que inspirou o designer Glauco Diógenes, de 37 anos, do estúdio GDS. Ele fez uma viagem para a Holanda em 2012 e se encantou pelo local. Para retratá-lo, escolheu trabalhar com referências dos holandeses do imaginário coletivo. “Os três elementos utilizados foram as cores, com um mapa estilizado, os cabelos e os tamancos, que são símbolos do país. “Uso uma linguagem visual que é mais codificada para fazer a comunicação com o espectador”, detalha o artista, que participa pela terceira vez do projeto.

Sua obra, que tem o nome de ‘Cowsterdam’, está em frente ao Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. O designer levou cerca de uma semana para prepará- la, trabalhando cerca de 10 horas por dia. Utilizou tinta acrílica para dar a base e fazer as manchas mais cheias do animal, e no contorno, uma caneta especial, com um pigmento que funciona como uma tinta a óleo. Para customizar a peça com os tamancos e o topete, fez uso de uma massa plástica e prime.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 632, de junho 2017

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