O Sicoob, uma das principais instituições financeiras cooperativas do Brasil, projeta a concessão de R$ 60 bilhões em crédito rural na safra 2025/2026. A estimativa representa um crescimento de 8% em comparação ao ciclo anterior, quando foram liberados R$ 55,4 bilhões para o setor agropecuário. Com esse volume, a instituição alcança um market share estimado de 7% no crédito rural e em operações via CPRF (Cédula de Produto Rural Financeira) em âmbito nacional.
O aumento acompanha o ritmo de expansão contínua da atuação do Sicoob no meio rural. Na safra 2023/2024, por exemplo, a instituição já havia registrado um crescimento expressivo, com R$ 48,4 bilhões liberados em crédito rural, número 29% superior ao volume concedido no ciclo 2022/2023, que foi de R$ 37,5 bilhões.
Segundo Francisco Reposse Junior, diretor comercial do Sicoob, a atuação da cooperativa vai além da oferta de crédito. “A produção rural é um dos pilares da economia brasileira, e o Sicoob se orgulha de contribuir ativamente para o seu fortalecimento. Oferecemos crédito com proximidade e conhecimento da realidade do campo, atuando como parceiros estratégicos dos produtores em todas as etapas da jornada”, afirma o executivo.
Destinação do crédito por finalidade e público
Dos R$ 60 bilhões estimados para a safra 2025/2026, a previsão é que:
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R$ 24,6 bilhões sejam destinados ao custeio e à industrialização da produção agropecuária;
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R$ 9 bilhões sejam aplicados em investimentos voltados à modernização e infraestrutura das propriedades rurais;
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R$ 4,2 bilhões sejam direcionados à comercialização da produção;
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O restante dos recursos será concedido por meio de operações com CPRF.
Em relação ao perfil dos beneficiários, a projeção do Sicoob indica que aproximadamente 30% do montante total deve contemplar pequenos e médios produtores rurais. Esse volume inclui R$ 7,2 bilhões em operações via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e R$ 10,8 bilhões por meio do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
Distribuição por atividade produtiva
A aplicação dos recursos projetados será distribuída entre diferentes atividades agropecuárias. O Sicoob estima que:
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39% do crédito rural será destinado à agricultura, com foco principal nas culturas da soja e do café;
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25% será aplicado na pecuária, com destaque para a bovinocultura de corte e de leite;
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36% dos recursos deverão ser utilizados em operações de CPRF para diversos produtos, reforçando a diversificação do portfólio financiado.
Essa alocação demonstra o esforço da instituição em apoiar não apenas grandes cadeias produtivas, mas também atividades variadas em diferentes regiões do país.
Resultados da safra 2024/2025 reforçam atuação da cooperativa
Os números consolidados da safra 2024/2025 evidenciam o papel crescente do Sicoob no crédito voltado ao agronegócio. Durante o ciclo, a instituição liberou R$ 55,4 bilhões em crédito rural, com operações realizadas em todas as regiões brasileiras. O ticket médio foi de R$ 306 mil, o que demonstra o alcance da cooperativa a produtores de diferentes portes e perfis.
Do total concedido:
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R$ 6,35 bilhões (11%) foram destinados a operações com o Pronaf;
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R$ 9,98 bilhões (18%) com recursos do Pronamp;
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R$ 39,08 bilhões (71%) atenderam demais produtores e atividades.
Quanto à destinação por atividade, os dados da safra 24/25 mantêm proporção semelhante à projetada para 25/26: 39% dos recursos aplicados na agricultura, 25% na pecuária e 36% em CPRFs multissetoriais.
Sicoob reforça compromisso com o desenvolvimento do agronegócio
A atuação do Sicoob no crédito rural tem sido marcada por estratégias que combinam proximidade com o produtor, conhecimento técnico e uso de tecnologia para ampliar o acesso a soluções financeiras adequadas às necessidades do campo.
“O desempenho da última safra reforça a importância do Sicoob no financiamento ao setor. Foram mais de R$ 55 bilhões liberados em crédito rural, alcançando produtores de todos os portes e atividades em todas as regiões do país. Nosso compromisso é oferecer soluções financeiras justas, competitivas e alinhadas às reais necessidades do campo, apoiando desde o pequeno produtor até grandes operações. Seguimos investindo em tecnologia, eficiência e parcerias que ampliem o valor gerado pelo cooperativismo no agronegócio”, conclui Francisco Reposse Junior.