Cuidados com a sanidade das vacas no período das águas

Saiba como prevenir doenças nos cascos e metrite, que aumentam consideravelmente no verão

Casos de doenças nos cascos e metrite aumentam durante o período das águas e podem provocar queda de produtividade. O ambiente mais úmido, molhado e anaeróbico, é propício para a proliferação das bactérias causadoras dessas doenças, por isso as medidas preventivas são essenciais.

WhatsApp Image 2025 01 10 at 10.37.47Embora pareçam inofensivos, os danos nos cascos podem causar retardo na concepção, descarte de animais e queda na produção. “As vacas em lactação sofrem ainda mais porque a dor impede que se movimentem normalmente, como consequência, elas não conseguem se alimentar de modo adequado, portanto, a produção de leite fica comprometida”, explica o zootecnista Daniel Miranda (foto), gerente de produtos da Zoetis.

Para evitar o problema, é preciso redobrar a atenção à limpeza dos locais acessados pelos bovinos, com a implantação de lava-pés, principalmente em sistemas de confinamento, além de serviço preventivo de casqueamento. Outro ponto importante é garantir a alimentação balanceada. Se o animal estiver ferido, é necessário cobrir a pata com uma faixa, higienizar a região, aplicar antimicótico ou antibióticos e trocar o curativo com regularidade. Também é importante retirá-lo das áreas que tenham barro, pois a movimentação dos animais nesses locais força os cascos já feridos.

A incidência de metrite também cresce no verão, em função das Condições propícias para o acúmulo de matéria orgânica nas Instalações do gado confinado e do estresse térmico; no caso dos animais a pasto, o barro contribui para a sua proliferação. A doença está ligada ao crescimento das perdas gestacionais, diminuição da fertilidade, maior índice de descarte dos animais e redução da produção de leite.

A metrite é uma inflamação da camada muscular e mucosa do útero (endométrio, muscular, submucosa e serosa) até o 21º dia pós-parto, porém com maior incidência entre o quinto e sétimo dia. É caracterizada pela descarga uterina sero-sanguinolenta ou muco-purulenta fétida, associada a sinais sistêmicos, como febre, apatia, toxemia e baixo consumo alimentar. Dentre as patologias que induzem a metrite pode se destacar a dificuldade de parto, retenção de placenta e os distúrbios metabólicos no periparto. Estudos ainda indicam que a metrite prejudica fortemente o consumo alimentar das vacas nessa fase.

É preciso adotar algumas medidas para que os problemas não se alastrem, tais como, diminuir as distâncias de deslocamento dos animais, fazer a ordenha nos períodos mais frios do dia, evitar o manejo do rebanho nos períodos mais quentes, utilizar sistemas de resfriamento (nebulizadores, ventiladores e aspersores); fornecer dieta balanceada para o fortalecimento do sistema imunológico das vacas.

Porém, uma vez que a metrite ou as doenças de casco estejam instaladas, o tratamento consiste no controle da infecção bacteriana sistêmica, a fim de impedir que ela se alastre comprometendo a saúde do animal. Vários antibióticos podem ser utilizados, dentre eles, destacam-se aqueles à base de ceftiofur, que possui amplo espectro de ação e pertence ao grupo das Cefalosporinas de terceira geração, a qual é ativa contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, sendo a droga mais estudada no mundo para o tratamento da metrite.

Muitas fazendas adotam o Excede como terapia de eleição, é uma formulação pronta para uso que contém o ácido livre cristalino de ceftiofur (CCFA) como princípio ativo e atende a esse propósito. “Ao utilizar o produto no rebanho, o produtor pode reduzir o estresse com o manejo, pois ele é aplicado em uma ou duas doses com alta eficácia de tratamento. Além disso, o produto não deixa resíduos no leite, por isso, após a aplicação, não é necessário descartá-lo”, conclui Miranda.

Fonte: Zoetis

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