Dia Nacional do Produtor de Leite: hoje é seu dia, produtor de leite! Parabéns!

O produtores de leite brasileiros são signo da sustentabilidade, num círculo virtuoso de produtividade, de gestão eficiente, de proteção ao meio ambiente, sanidade dos animais, bem-estar animal e qualidade do leite

12 de Julho – Dia Nacional do Produtor de Leite: HOJE É SEU DIA, PRODUTOR! PARABÉNS!

Da redação

Sei que muitos podem estar questionando – comemorar o quê, ante à situação pouco favorável para os produtores de leite?

Sim, há muitas coisas para comemorar. Comemorar o quanto essa atividade, movida à paixão e garra, é fundamental para levar aos consumidores um valioso e saudável alimento. Comemorar o quanto essa atividade traz de empregos para o Brasil. Comemorar os avanços dos conhecimentos tecnológicos e científicos para a maior eficiência na produção leiteira, com menor custo. Comemorar o número cada vez maior de produtores e produtoras se profissionalizando na atividade como uma forma de melhor “enfrentar” os desafios, as pressões do mercado e a remuneração insatisfatória. Comemorar a visão empreendedora de muitos produtores e produtoras que verticalizaram sua atividade, com a produção de queijos artesanais especiais que, pela qualidade e particularidades, fazem bonito mundo afora!!!

E ainda pode comemorar que todos esses avanços se fazem,  cada vez mais, sob o signo da Sustentabilidade, num círculo virtuoso de produtividade, de gestão eficiente, de proteção ao meio ambiente, sanidade dos animais, bem-estar animal e qualidade do leite.

E nós da Balde Branco estamos orgulhosos de estar junto da classe produtora de leite há quase 58 anos, levando a melhor informação sobre as boas práticas na produção leiteira. E por isso dizemos, de coração, aos produtores e produtoras de leite: PARABÉNS!  E que continuem sempre e sempre passando à frente aos seus sucessores essa Paixão pelo leite, de suma importância para o futuro do País.  Por isso, o lema da Balde Branco: Somos do leite.

Além disso, para engrandecer ainda mais a importância esta data, destacamos cinco depoimentos dos produtores entrevistados por nossa equipe de reportagem ao longo dos últimos anos, que abriram a porteira da fazenda e o coração para contar a sua história no leite:

MAGNÓLIA MARTINS DA SILVA

“Comecei a produzir leite em 1990, na Fazenda Valinhos, em Monte Alegre de Minas-MG. Comecei com 30 litros de leite por  dia e fui tomando gosto pela atividade e passei a investir em genética para melhorar a produtividade das vacas Girolandas, e cheguei aos 3.000 litros de leite por dia, na média de 20 litros/vaca/dia.

Na minha experiência (foto Magnólia e filha Daniela Martins), procurei trabalhar na própria ordenha, tirando leite, acompanhando o manejo diariamente para ver se seria aquilo mesmo que eu queria. Vi que era capaz, sem nenhuma competição, apenas fazendo o que realmente gosto e me faz bem. Varias vezes me deparei com o preconceito por ser mulher à frente da atividade leiteira. Enfrentei tudo isso como um desafio a superar, cada crítica me fortalecia e todos os obstáculos foram vencidos, ficaram pra trás. Tudo serviu de aprendizado para chegar ao patamar que estou hoje na atividade leiteira, que vale muito a pena.” (Edição março 2020)

Marcela Tolardojovem produtora (18 anos) de São José do Ouro, Rio Grande do Sul

“Quando meu pai (Ivan) e meu tio (Márcio) decidiram investir no robô de ordenha, eu disse que ajudaria no que fosse necessário, e também sempre falei que não moraria fora de casa, porque o meu objetivo é seguir na propriedade, trabalhando com aquilo que mais gosto: as vaquinhas. Sempre gostei muito dos animais e vejo que gosto cada vez mais, porque podemos aprender com muito com eles. Hoje, com 18 anos, sou a pessoa que mais trabalha com o robô de ordenha, olho os dados, vejo quando alguma vaca está doente. Decidi abraçar essa responsabilidade e amo meu trabalho. Ajudo no que for necessário, limpo onde tem o robô, faço inseminação, vacino, limpo a pista onde as vacas comem, ajudo em tudo. Para mim, as vacas se comportam como os donos, se elas são criadas com amor elas retribuirão nos dando amor e leite”.

(Edição de julho 2022)

MARIA ROSINETE SOUZA EFFTING

“Sou produtora na  Cabanha Guinther, em Braço do Norte-SC, onde possuímo 40 vacas da raça Jersey em lactação de um rebanho total de 120 animais. A produção  diária de leite é de 24 litros/dia/vaca, totalizando 980 litros/dia/rebanho. 

Sempre fui muito curiosa e adoro buscar novidades. Procuro sempre fazer visitas a outras propriedades aqui e no exterior (já visitei algumas no Canadá), além de seminários, dias de campo e busca de inovações e contatos durante as participações em exposições.

Administro toda a Cabanha, desde a criação dos animais até a entrega de leite.  Assumir uma propriedade foi um grande desafio e me rendeu muito aprendizado. Meu objetivo era ter uma genética que, além da qualidade leiteira, também tivesse um bom perfil para exposições e feiras. Após o auxílio de técnicos especializados e, mais uma vez, muito estudo, hoje a Cabanha Guinther tem reconhecimento nacional por sua genética. Sempre encarei os negócios de forma muito profissional, o que me trouxe tranquilidade.” (Edição março 2020)

Guilherme José Gonçalves, da Chácara Hilário Gonçalves – de Acopiara (CE)

“O meu pai Vanderley Gonçalves e minha mãe Ivonete Teixeira, continuaram morando no sítio, sempre gostaram muito da vida no campo, eu sai para estudar. Tempo depois, já casado e com filhos, e com as saudosas memórias de minha infância, resolvi dar continuidade a essa história porque também queria que meus filhos estivessem ligados com suas raízes”.

Foi quando eu conversei com meu pai a respeito de montar um rebanho leiteiro, visto que ele já tinha algumas vacas boas que estavam na atividade, contudo, as vacas apesar de já se destacarem em relação aos animais da região, elas não tinham uma raça definida. Além disso, conversei com meus tios que eram herdeiros, e todos aceitaram vender a sua parte da fazenda e outros ficaram tão felizes com a continuidade de nossa história. Depois de preparar o terreno, começamos a buscar por animais, com genética voltada para a produção de leite, com isso escolhemos as raças Gir Leiteiro e Holandês, formando o Girolando, importando de várias fazendas de destaque na região. Alíás, vendemos as vacas que meu pai possuía. Lembro que muitas vezes tinha de vender 4 animais para comprar uma vaca. Hoje continuamos trabalhando na seleção desses animais, buscando touros melhoradores, implantamos rotinas reprodutivas e usando a técnica IATF. Toda vaca a partir de 30 dias de parida já entra no protocolo de IATF, e as novilhas a partir de 16 meses e/ou quando atinge 380kg vivo, quem chegar primeiro.

A nossa principal dificuldade além do preço dos insumos, que é problema em toda fazenda leiteira, nosso caso em específico é o acesso. Estamos localizados nas margens da CE-166, no trecho que liga o município de Jucás ao município de Acopiara e estamos a mais de 50 anos esperando essa estrada, o acesso é muito ruim, isso faz com que tanto o laticínio que capta o leite quanto o frete da ração para chegar aqui fique ainda mais caro.

(Edição de abril 2021)

ALINY FERREIRA SPITI

Tenho formação técnica em Agroecologia. Iniciei na atividade leiteira desde muito nova, com 14 anos, no Sítio Boa Esperança, em Ivaiporã-PR. Antes era tudo bem simples, tínhamos de três a cinco vacas, apenas para a despesas. Hoje, é nossa principal fonte de renda.  A família conta  40 animais em lactação,  com uma média de 22 litros dia, em sistema de confinamento compost barn.

Aos poucos fui me apaixonando pela atividade, buscando conhecimento em palestras, conversando com veterinários, visitando propriedades, seminários, até mesmo cursos on-line. Nunca tive vergonha de perguntar, sempre fui uma pessoa curiosa. Meu trabalho hoje no sítio consiste em fazer a ordenha, manejo reprodutivo, sanidade dos animais e às vezes o trato do gado.” (Edição março 2020)

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