Um gado apático, com baixo desempenho ou mesmo perda de peso, animais anêmicos e/ou com baixos índices reprodutivos traz muitos alertas para o produtor rural, mas poucos ainda se atentam à Tripanossomose, doença que já está disseminada por todo o território brasileiro.
“A Tripanossomose é uma doença que está se tornando endêmica no Brasil, com casos relatados tanto no rebanho leiteiro quanto no rebanho de corte, além de acometer também os ovinos e caprinos. Como os sintomas pouco específicos, a tripanossomose pode passar despercebida pela maioria dos pecuaristas e ser responsável por inúmeros prejuízos”, alerta Marcos Malacco (foto), médico-veterinário gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal.
No Brasil a doença pode ser transmitida pela picada de moscas hematófagas (mutucas, moscas dos estábulos e moscas dos chifres) e pela reutilização de materiais que possam entrar em contato com o sangue de animais portadores e posteriormente utilizados em múltiplos animais, como agulhas para aplicação de medicamentos ou vacinas, bisturis, canivetes, luvas de palpação retal.
A tripanossomose pode ser apresenta de forma aguda (clínica) ou subclínica (crônica). Os sintomas da doença clínica são mais intensos e podem evoluir para o óbito do animal, sendo um alerta importante a redução do apetite sem motivo aparente e rápida perda de peso, febre intermitente, depressão, anemia intensa, salivação excessiva, diminuição na produção leiteira, aumento dos linfonodos (“ínguas”), incoordenação motora, diarreia, aumento das frequências cardíaca e respiratória, cegueira e dificuldade respiratória. Na reprodução animal, o abortamento ou a reabsorção embrionária/fetal estão ligados à tripanossomose, assim como o aumento do número de natimortos ou nascimento de bezerros fracos que morrem logo após o nascimento.
“Nos casos de manifestação aguda da doença, os sinais clínicos e sintomas são muito mais evidentes ao pecuarista e ele tende a buscar ajuda para resolver, especialmente por envolver a perda de produção e mortalidades. Já quando a doença é crônica ou latente, o que acontece quando os animais apresentam baixa infecção parasitária, os sintomas são pouco específicos, porém geram um grande impacto na produtividade da fazenda, como o emagrecimento dos animais e dificuldade para ganhar peso, redução nos índices de produção leiteira, queda na fertilidade e aumento no tempo de anestro das vacas”, conta o médico-veterinário.
Os prejuízos promovidos pela tripanossomose vão além dos causados pela ineficiência reprodutiva do rebanho, pela perda dos animais e pelos custos com tratamento e mão de obra qualificada. Na cadeia leiteira, calcula-se que ocorra uma redução média de 27% na produção por animal infectado (ABRÃO et al., 2009). No corte, o aumento do período de engorda é desfavorável ao criador, além do aumento de comorbidades e doenças secundárias à tripanossomose, uma vez que o sistema imunológico do animal já está fragilizado.
Malacco reforça que a doença normalmente chega nas fazendas por meio da introdução de novos animais no rebanho, principalmente porque alguns animais na fase subclínica da tripanossomose são assintomáticos. Estes indivíduos servem como fonte de infecção e são responsáveis por desencadear novos surtos agudos da doença. Um outro ponto importante relaciona-se a fazendas próximas de outras fazendas de alta rotatividade de bovinos. Animais silvestres, como os cervos, também são importantes portadores da doença. Por este motivo, a ação preventiva contra a tripanossomose também é recomendada pelos especialistas.
“É essencial estabelecer programas efetivos de controle e prevenção da doença com o apoio do médico-veterinário, visando o controle das moscas e o uso adequado de materiais que possam ser compartilhados entre os animais. Junto do protocolo de entrada dos novos animais nas fazendas, que inclui isolamento, vacinações, vermifugação e o controle de ectoparasitas, deve ser aventada a hipóteses da administração de isometamidium para evitar que o animal que possa estar assintomático dissemine o protozoário por todo o rebanho. Assim o pecuarista aciona uma nova barreira de proteção para manter um plantel saudável e produtivo”, elucida.
Pioneiro no Brasil e reconhecido internacionalmente para o tratamento e prevenção da tripanossomose bovina, o Vivedium, cloridrato de isometamidium da Ceva Saúde Animal, elimina o protozoário Trypanosoma vivax dos animais infectados e atua como agente preventivo do rebanho por um período de até a 16 semanas, protegendo o gado de infecções e reinfecções pela doença. Para uma ação preventiva completa, é recomendada a reaplicação do produto a intervalos de 3 meses durante o primeiro ano. A partir daí, as aplicações podem ser reduzidas para 2 ou 3 vezes ao ano, de acordo com a epidemiologia local ou especificação do médico-veterinário responsável pela propriedade.
“A atenção contra a tripanossomose deve ser constante, pensando em todo o rebanho, e a adequação do manejo para redução de moscas e outros vetores nas propriedades, assim como a não utilização compartilhada de materiais perfurocortantes entre diferentes animais, sem a devida esterilização, também fazem parte do combate à doença”, finaliza.
Vivedium é a primeira medicação para tratamento e prevenção da Tripanossomose Bovina chancelada pelo MAPA e reconhecida internacionalmente. O tempo de carência para os animais tratados com Vivedium é de 46 dias para o abate, e zero carência para o leite.
Fonte: Ceva Saúde Animal