Emdagro realiza inquérito sobre tuberculose bovina em rebanhos de Sergipe

Medida visa alertar sobre risco da doença em animais e para a saúde humana. As pessoas se infectam primariamente por ingestão de produtos lácteos não pasteurizados, ou seja, não inspecionados; e também através do consumo de carne não inspecionada crua ou mal cozida

Criadores e pecuaristas sergipanos têm recebido orientações e alerta da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) sobre a tuberculose bovina. A doença que afeta, principalmente, bovinos e búfalos, mas também pode ser transmitida aos seres humanos, é objeto de um inquérito epidemiológico realizado desde o ano passado no estado, por determinação do Ministério da Agricultura. A atividade é realizada de forma pontual pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e Emdagro, que trabalham permanentemente, a fim de erradicar essa e outras enfermidades dos rebanhos de Sergipe.

De acordo com informações da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, até o momento cerca de 400 propriedades foram visitadas em 38 municípios, a fim de traçar um diagnóstico sobre a tuberculose bovina no Estado

“Conforme o alinhamento traçado pelo Ministério da Agricultura, ao todo teremos 638 propriedades para visitar, estamos trabalhando com a metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo, que nos presta consultoria”, destacou a diretora Aparecida Andrade, ao observar que já foram testados 2.600 animais, sendo 31 confirmados como positivos.

Para o veterinário Diogo Maia, o diagnóstico precoce é de grande importância para evitar que a doença se propague nos rebanhos e alcance a população humana. “A tuberculose no bovino se caracteriza como uma doença respiratória crônica, por meio de uma bactéria que vai atacar principalmente o sistema respiratório, mas que também pode acometer o aparelho digestivo. Os sintomas clássicos são a tosse e o emagrecimento do animal, que também podem ser acometidos de forma assintomática, nesses casos os animais aparentam estar saudáveis, mas agem como fontes de infecção para outros animais e para os seres humanos”, explicou.

No caso dos animais testados como positivos eles precisam ser sacrificados, o que acontece com o consentimento do criador, que depois procura os órgãos competentes para receberem uma indenização pela perda. “Após avaliação feita por nossa equipe técnica, composta por veterinários da Emdagro, do Ministério da Agricultura  e também da federação, o produtor que teve perda de animais recebe de volta parte do valor de cada um”, explicou a diretora Aparecida Andrade ao observar que, até o momento, 22 criadores que tiveram seus animais testados como positivos para a tuberculose bovina, procuraram a Emdagro para dar entrada no protocolo de indenização.

A doença

A tuberculose bovina é causada pelo Mycobacterium bovis. Foi estimado que o agente causador da doença seja responsável pela ocorrência de 10-18% dos casos de tuberculose humana. Bovinos eliminam o M. bovis em secreções respiratórias, fezes, leite, etc. Sendo assim, os humanos se infectam primariamente por ingestão de produtos lácteos não pasteurizados, ou seja, não inspecionados; e também através do consumo de carne não inspecionada crua ou mal cozida. Outra fonte de infecção que afeta principalmente os pecuaristas e trabalhadores rurais é através de aerossóis, por contato direto com os animais.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri)

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