A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou no dia 10 de outubro o primeiro levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos 2019/2020, em fase de semeadura. Com relação à soja, as expectativas iniciais apontam para um crescimento de 1,9% na área no ciclo atual, frente a safra 2018/2019.
A produtividade média deverá ser 2,7% maior e, com isso, a produção brasileira foi estimada em 120,39 milhões de toneladas em 2019/2020, frente as 115,03 milhões de toneladas colhidas na safra passada.
Com relação ao milho, na primeira safra, ou safra de verão, a Conab estima um incremento de 1,0% na área semeada em 2019/2020, frente a temporada anterior. O rendimento médio das lavouras deverá aumentar 1,5% na safra atual e, com isso, a expetativa é de um crescimento de 2,5% na oferta do cereal na primeira safra, que está estimada em 26,29 milhões de toneladas. Quanto à segunda safra, a Conab, por ora, considerou a mesma área semeada na temporada que encerrou para a safra atual, mas a produtividade média deverá ser 3,1% menor.
Com isso, a produção na safra de inverno (segunda safra) está estimada em 70,94 milhões de toneladas de milho, frente as 73,18 milhões de toneladas colhidas em 2018/2019, recorde.
A semeadura da safra de grãos 2019/2020 (primeira safra ou safra de verão) está em andamento no País e o clima adverso tem prejudicado o avanço dos trabalhos em importantes regiões produtoras. Mais detalhes na página sobre clima.
Isto poderá levar a revisões das áreas e produtividades médias nos próximos relatórios.

 

Alta do milho no mercado brasileiro

Mercado firme e preços em alta em outubro. As exportações em bom ritmo deram sustentação às cotações do milho no mercado brasileiro.
Em setembro último, a média diária embarcada foi 75,0% acima da média do mesmo período do ano passado e, em outubro, até a segunda quinzena, o volume embarcado diariamente aumentou 122,7% na comparação com igual mês ao ano passado (Secex).
No mais, a demanda interna aumentou nas últimas semanas e, nos Estados Unidos, a situação mais adversa de clima deu sustentação aos preços do cereal também no mercado internacional. No Brasil, os atrasos na safra de verão 2019/2020 geram especulações e preocupações com relação à janela de plantio da segunda safra.
Segundo a Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos ficou cotada em R$ 42,00, sem o frete.
A alta foi de 5,5% na comparação mensal e o alimento concentrado está custando 2,7% mais em relação a outubro de 2018.
Em curto prazo (novembro), os preços do milho deverão seguir firmes no mercado brasileiro.

 

Farelo de soja também ficou mais caro para o pecuarista

O dólar em patamar elevado, a queda na produção norte-americana de soja e a previsão de estoques mundiais menores em 2019/20 deram sustentação aos preços do grão no mercado brasileiro, mesmo em meio às incertezas com relação à demanda, com a China sinalizando um acordo com os EUA.
Os atrasos na semeadura da safra brasileira 2019/20, devido à falta de chuvas, colaboram com os preços firmes.
Até meados de outubro, alguns agricultores aguardavam as chuvas para iniciar o plantio. Outros, que já semearam, precisarão replantar algumas áreas em função da falta de chuvas.
Acompanhando o cenário firme para a soja grão, a cotação do farelo de soja subiu em outubro.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada do farelo ficou cotada, em média, em R$ 1.303,64, sem o frete, alta de 1,4% na comparação mensal.
Para o curto prazo, a expectativa é de mercado firme e atenção voltada ao clima no Brasil e EUA, câmbio e situação comercial entre os norte-americanos e chineses.

 

Situação das entregas de adubos no Brasil e expectativas

A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) divulgou em outubro os dados referentes às entregas de fertilizantes no País em maio. O volume totalizou 2,43 milhões de toneladas, 36,7% mais que em igual mês do ano passado. Lembrando que em maio e começo de junho do ano passado aconteceu a greve dos caminhoneiros, que afetou o setor de distribuição no País.
No acumulado de janeiro a maio de 2019 foram entregues 10,67 milhões de toneladas de fertilizantes ao consumidor final, um aumento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2018.
Para 2019, a expectativa da Scot Consultoria é de que as entregas de adubos totalizem entre 36,0 e 36,5 milhões de toneladas, ou seja, acima do registrado em 2018, quando foram entregues 35,5 milhões de toneladas ao consumidor final.
Apesar da menor movimentação no mercado interno neste momento em que as aquisições dos fertilizantes para o plantio da safra de verão 2019/2020 já foram feitas, as cotações estão firmes no mercado interno.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, os fertilizantes nitrogenados e fosfatados subiram respectivamente, em média, 0,2% e 0,3% na primeira quinzena de outubro, na comparação com setembro último. O preço do cloreto de potássio ficou estável neste período.
Historicamente  existe uma pressão de baixa sobre as cotações no segundo semestre (menor demanda), frente à primeira metade do ano, com quedas mais fortes no último trimestre, quando os estoques nas indústrias colaboram com um cenário mais frouxo de preços no mercado interno.
Com isso, a expectativa é de preços mais frouxos para os fertilizantes no mercado brasileiro nos próximos meses.

 

UREIA AGRÍCOLA: atenção às oportunidades no final do ano

O preço da ureia agrícola teve ligeira alta (0,2%) na primeira quinzena de outubro, na comparação com o mês anterior.
O dólar em patamar elevado e o cenário de preços mais firmes no mercado internacional deram sustentação às cotações em reais. De qualquer forma, a menor demanda neste momento no mercado brasileiro limita as valorizações.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada do adubo está cotada, em média, em R$ 1.641,71, sem o frete.
Frente a outubro de 2018, a ureia está custando 12,4% menos este ano.
Para o final de 2019, a expectativa é de preços mais frouxos para os fertilizantes no mercado interno, o que poderá trazer oportunidades de compras para o pecuarista que vai adubar as pastagens nos próximos meses, com as chuvas mais regulares e em maiores volumes.

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