A força da mulher na produção de leite

O empreendedorismo da mulher no campo é, muitas vezes, marcado por histórias de coragem e superação dos desafios. E assim, conseguem provar do que são capazes

Por João Antônio dos Santos

A ninguém escapa a presença cada vez maior da mulher em­preendedora no agronegócio. Em especial, no segmento da pecuária leiteira. Aproveitan­do essa mudança no cenário rural, a Nestlé promoveu o evento “No Campo com Elas”, em Carmo do Paranaíba-MG, no último dia 26 de agosto. O encontro reuniu cerca de 200 mulheres, entre produtoras de leite, trabalhadoras rurais, agrônomas, zootecnistas e veterinárias, no Sítio do Cedro, de propriedade do casal Mário Porto e Sílvia Fonseca.

O tema das palestras girou em torno do empoderamento da mulher no agronegócio do leite, sua coragem para enfrentar desafios e precon­ceitos, através do relato de algumas produtoras, permeado de histórias de determinação e superação. Um dos motes do encontro foi a Pesquisa Hábitos do Produtor Rural da ABMRA-Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, realizada junto a 2.835 agropecuaristas de 15 estados. Entre os vários indicadores, o estudo apontou que a presença feminina na gestão dos negócios no campo saiu dos 10%, da última pesquisa, para 31%.

O relatório aponta ainda que 49% dos entrevistados consideram a par­ticipação da mulher nas decisões tão importante quanto a do homem. Estima-se que mais de 4 milhões de mulheres têm atividades ligadas à área rural, atu­ando nos mais diversos segmentos, como agri­cultoras, pecuaristas, tra­balhadoras, veterinárias, agrônomas, zootecnistas e dirigentes, entre outros. A participação da mulher no setor é tão expressiva que está marcado para os dias 17 e 18 de outubro o 2º Congresso Nacional das Mulheres do Agrone­gócio, a ser realizado, em São Paulo, no Transamé­rica Expo Center.

Na primeira versão do evento, no ano passado, foi apresentada uma pesquisa que mostrou o perfil das mu­lheres gestoras no setor do agronegó­cio: escolaridade alta, independência financeira, abertura à inovação e co­municação e visão ampla no negócio. O estudo apontou que a participação feminina representa 42,4% da renda familiar no campo frente a 40,7% que vivem na cidade. A maioria das mu­lheres dirigentes está na agricultura, com 42% de participação, seguida pela pecuária, com 20%.

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Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 636, de outubro 2017

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