A relação com a preservação ambiental é apenas parte dos benefícios oferecidos por esse sistema, que impacta na gestão da propriedade e até em questões sociais do setor


Por Romualdo Venâncio

A tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) já está implantada em 11,5 milhões de ha do território nacional. É o que revelou uma pesquisa realizada pela consultoria Kleffmann Group e patrocinada pela Rede de Fomento à ILPF – parceria público-privada composta pela Embrapa e pelas empresas Cocamar, Dow Agro Science, John Deere, Parker e Syngenta.

O resultado surpreendeu, pois não se tinha ideia de tamanha amplitude. O estudo mostrou também que os pecuaristas têm aderido com facilidade ao sistema, colaborando, a partir da decisão, na redução de impacto ambiental e na recuperação de pastagens degradadas. São dois dos principais estímulos. Contudo, há ainda diversos outros benefícios, tanto para a propriedade rural como para o setor leiteiro de maneira geral.

Importante contribuição da ILPF é quebrar o paradigma que envolve a relação entre a adoção de tecnologia e o volume de produção. Por mais que exija investimentos, essa técnica pode ser adaptada a propriedades com dimensões variadas, as consideradas pequenas, inclusive, e às particularidades de cada região. Essa é a essência de projetos que vêm sendo desenvolvidos pela Embrapa. A pesquisadora Roberta Carnevalli, por exemplo, tem participação em dois deles, primeiro, pela unidade Gado de Leite, com atuação na unidade Arroz e Feijão, em Goiás, e depois pela unidade Agrossilvipastoril, em Mato Grosso.

Entre os anos de 2005 e 2010, Roberta teve a missão de levar a ILPF para o ambiente de pequenas propriedades leiteiras. “O desafio era descobrir como casar essa tecnologia com a atividade produtiva, pois há peculiaridades na pecuária leiteira que devem ser consideradas”, comenta a pesquisadora. O trabalho teve início em uma área experimental de 30 ha, onde era avaliado o manejo que mais tarde seria disseminado nas fazendas. Os animais eram concentrados em um espaço menor de forma a liberar mais área para a produção de pastagem e de alimento para silagem. “Começávamos pelas partes com solo mais fraco, já com sinais de degradação, plantando milho consorciado com pastagem”.

Essa mudança no cuidado com a utilização da área e o manejo para alimentação do gado resultava também em uma evolução do gerenciamento e da organização da fazenda. O planejamento para aproveitar melhor os insumos na época das águas e garantir reserva de comida para os períodos de seca gera um favorável equilíbrio: evita quedas significativas nos níveis de produção e aumentos descontrolados nos custos. “Surge aí uma nova visão administrativa na propriedade”, observa Roberta.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 629, de março 2017

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