Com capacidade de analisar 600 amostras de leite/ hora, um novo equipamento, importado dos EUA, começa a funcionar no laboratório da APCBRH, em Curitiba-PR
Por Edson Lemos
Um equipamento considerado como a mais moderna tecnologia disponível para análise de leite, que trabalha com sintometria de fluxo para contagem de células somáticas, acaba de ser colocado em funcionamento pelo Laboratório Centralizado de Análise de Leite da APCBR-Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. Com essa aquisição, o laboratório passa a contar agora com mais eficiência e maior capacidade de trabalho, podendo saltar das atuais 200 mil amostras/mês analisadas para 300 mil.
Inaugurado no último dia 28 de março, com a presença do Secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, o equipamento foi importado dos Estados Unidos e já está em uso, podendo analisar 600 amostras por hora. Foi adquirido com parte de recursos viabilizados pelo governo do Estado. Em operação é capaz de indicar índices de gordura, proteína, lactose, sólidos, ureia, caseína e permitirá análise para betahidroxidobutirato (BHB), que é um componente na fase inicial na lactação da vaca, onde se identificam corpos cetônicos que geram condição de desequilíbrio metabólico no animal.
O equipamento possibilita ainda análise individual de animais e inclui a citada análise de ureia no leite. Com isso, os criadores têm possibilidade de melhorar a nutrição de suas vacas, considerando que a ureia é um bom termômetro do teor de proteína fornecida ao rebanho. Em contrapartida à parceria do governo, o laboratório da APCBRH deverá ampliar o leque de suas análises, inclusive para dar apoio às 180 propriedades referência trabalhadas pelo serviço de extensão rural, através da Emater, e pela Secretaria da Agricultura.
O gerente do laboratório, José Augusto Horst, informa que o equipamento está sendo calibrado para também realizar exame de crioscopia nas amostras de tanque, e ressalta que deve trazer grandes benefícios tanto para o produtor quanto para a indústria, permitindo ampliar os itens a serem monitorados.
Aos 25 anos, integrando a RBQL-Rede Brasileira de Qualidade de Leite, o laboratório atende a produtores do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, e deverá se estender em breve a produtores de Minas Gerais. “Nosso laboratório foi criado e trabalha para analisar o leite de produtor e a indústria no menor espaço de tempo possível, com a melhor precisão. E para isso está credenciado no Ministério da Agricultura, possuindo segurança analítica com padrões internacionais de procedimentos”, enfatiza Horst.