A integração da produção de leite na já diversificada atividadedas cinco fazendas contou com projeto bem-planejado
Luiz H. Pitombo

 

Neste segundo ano de funcionamento do módulo de leite da Sapé Agro, em Maracaju- MS, a produção média estimada é de 8 mil litros/dia com 280 vacas holandesas de segunda cria, em sistema de barracão com ventilação cruzada e ordenha voluntária robotizada.

O projeto recebe os retoques finais e pelo volume ofertado e boa logística de captação recebe por litro valor em média 40% acima do indicado pelo Conseleite. A meta para 2021 é dobrar os números para 560 vacas em lactação, com produção de 16 mil litros de leite/dia. Neste ponto será a hora da verticalização com a instalação de um laticínio próprio.

Tudo foi bem calculado e o leite só entrou pela sinergia e afinidade com os demais negócios existentes, que permite à atividade ser lucrativa em si e também para o Grupo, pois eleva o retorno por hectare e maximiza o uso de máquinas, instalações e força de trabalho. Já produzem milho, soja e aveia em 4.400 ha; têm pecuária de corte com 800 matrizes e seleção de Brangus; frango de corte com abate perto de 1 milhão de aves/ano e cana-de- açúcar em 2.900 ha. Também atuam em projeto social-educativo, que beneficia as famílias.

Se o cenário interno ao Grupo é favorável para o negócio do leite, o externo também. O Mato Grosso do Sul não tem tradição nessa atividade e sua oferta é uma das mais baixas do País. Num período de 20 anos (1990/2010) cresceu apenas 28%, contra a média brasileira de mais 118%. Dados da Federação da Agricultura do Estado (Famasul) mostram que um terço das propriedades rurais realiza a atividade, ou seja, 24 mil produtores, dos quais 60% produzem menos de 100 litros/dia. Isso fez com que no primeiro ano de funcionamento do projeto ele se tornasse o maior do estado.

O emprego de tecnologia é baixo e como o Brasil vive a tendência mundial de queda no número de propriedades, outras estão assumindo as posições abandonadas e concentrando a produção. “A permanência no mercado vai depender do que cada produtor fizer, seus animais precisarão produzir, caso contrário, a fazenda será prejudicada”, afirma Artur Falcette, diretor executivo da Sapé Agro, com formação e atuação na área de administração.

 


Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 657 (setembro/2019)

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