“A literatura sobre o assunto mostra, amplamente, que, se o produtor não dispensar os devidos cuidados no periparto, acaba comprometendo o período inteiro de lactação da vaca”, destaca o médico veterinário Ricardo Paulino de Oliveira, da consultoria VetCampo, que atua em assistência técnica nas áreas de reprodução, nutrição e manejo de bovinos, no noroeste do Estado de São Paulo. Ele destaca que os principais problemas para a vaca nesse período, tanto a primípara como a multípara, são as doenças metabólicas, como cetose, hipocalcemia, deslocamento de abomaso, e outras no pós-parto, como metrite, retenção de placenta, cistos ovarianos, etc. Há dados de estudos que indicam que esses problemas podem acometer até 60% do rebanho, em propriedades que não fazem o adequado acompanhamento das vacas no periparto. Claro, a consequência é um grande prejuízo para o produtor.
Ricardo Paulino explica que, depois da secagem, por mais que a vaca entre sadia no período seco, recebendo todos os cuidados e protocolos de secagem, todas elas passam, nas últimas semanas da gestação, pela fase de menor ingestão de matéria seca (MS) e por um momento de desbalanço nutricional.