O afago tem se mostrado um excelente antídoto contra doenças e um importante estimulador de produção leiteira

É o que vem demonstrando estudo realizado com animais da raça Gir Leiteiro, no Campo Experimental Getúlio Vargas, da Epamig, em Uberaba-MG. Os primeiros resultados da pesquisa comprovam que exemplares submetidos a “carinhos” diários não só produzem leite com mais qualidade, como em maior quantidade. Na comparação com exemplares tratados da maneira convencional, o aumento da produção leiteira foi de quase 2,5 litros por animal.

Pesquisadora do Instituto de Zootecnia de São Paulo, Lenira El Faro, a coordenadora do projeto, diz que os resultados são positivos não só do ponto de vista da produção, mas também da relação entre tratador e animal.

“Na primeira etapa, trabalhamos bastante com o profissional que maneja e leva a vaca à sala de ordenha, destacando a importância de um manejo mais consciente, da necessidade de o profissional aprender a tratar o animal melhor. O resultado é positivo para ambos”, avalia.

A pesquisadora comenta ainda que o estudo já comprovou o impacto positivo do carinho na quantidade do chamado leite residual – retido pelas vacas após a ordenha visando à alimentação dos bezerros. Em animais que receberam o estímulo tátil, a reserva foi inferior a meio quilo, quase seis vezes menos, na comparação com o grupo sem manejo, o que resultou em 3 quilos a menos de leite ordenhado.

“O zebuíno tende a esconder o leite para o bezerro. O que percebemos foi que, com a técnica, além de melhorarem o comportamento na sala de ordenha, ficando mais mansas, e o relacionamento com o ser humano, não é que produziram mais, mas deixaram de reter”, detalha.

Pesquisador da Epamig, o veterinário André Penido explica que o afago é feito com uma espécie de braço improvisado. O estímulo ocorre um mês antes do parto, antecedendo cada uma das duas ordenhas diárias.

O objetivo, explica o pesquisador, é habituar o animal à rotina, torná-lo mais manso ao manejo do homem e, consequentemente, menos reativo. “Desde a primeira vez elas vão sendo condicionadas a entender que aquilo não é uma agressão. Essa é a grande sacada”, resume.

Aluna de doutorado e participante do projeto, a zootecnista Aska Ujita lembra que a diminuição da retenção de leite impacta também na saúde do animal. “A produção leiteira não só tende a ser maior, mas com a menor retenção cai também o índice de mastite, doença que mais afeta o gado leiteiro e que prejudica a produção e a qualidade do leite”, afirma.

Iniciada em 2016, a pesquisa é financiada pela Federação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e conduzida pela Epamig em parceria com a Universidade de Dalhousie, no Canadá

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