A Copacol, cooperativa do Oeste paranaense, lastreada em sua experiência com aves, suínos e peixes, adapta sistema de produção integrada aos produtores de leite
Por Luiz H. Pitombo
Uma nova forma de organização da produção leiteira, que já é sucesso em outras cadeias de alimentos, dá seus primeiros passos para se transformar em novo paradigma dentro do setor. A estrutura do projeto conta atualmente com quatro produtores integrados, que produzem cerca de 10 mil litros de leite/dia, mas outros três deverão começar a produzir até o fim do ano somando perto de 700 vacas em lactação ou prestes a parir.
Novas adesões já existem para 2018, mas é preciso dar tempo até que as unidades produtoras de bezerras e novilhas, sob a responsabilidade total da cooperativa, tenham fêmeas prenhas em número suficiente para repasse aos associados interessados. Basicamente estes entram com a estrutura, mão de obra e insumos, enquanto os animais, sua reposição, assistência técnica e gerencial ficam por conta da cooperativa.
“A produção de leite é uma atividade importante para vários de nossos associados e vínhamos acompanhando suas necessidades e dificuldades, como o elevado capital de giro que é preciso para realizar a criação de novilhas e manter um bom plantel produtivo”, explica Irineu Dantes Peron, superintendente de Produção Animal da Copacol-Cooperativa Agroindustrial Consolata, com sede em Cafelândia-PR, e que abrange 10 municípios da região.
Olhando para o atual cenário, conta que passaram a buscar maneiras de melhorar e alavancar a atividade, tanto do ponto de vista do produtor, tirando um pouco do peso de suas costas, como também para o fortalecimento da própria cooperativa. Ele salienta que se encontram no ramo de alimentos com aves, suínos e peixes e que o leite faz parte deste conjunto, mas com demanda ainda a ser atendida. “Como qualquer atividade, tem seus altos e baixos, mas acreditamos nela”, diz.
Foi a partir dos bons resultados que conquistaram na integração de aves iniciada há mais de 30 anos, atual carro chefe da Copacol, em suínos há 20 anos e em peixes, há 10 anos, que identificaram que o modelo poderia ser também aplicado no leite. Visitaram outras regiões do País, observando como a produção era realizada, e fizeram adaptações. “Não é cópia de outras cadeias. É um projeto de médio e longo prazo que ainda precisa melhorar”, diz.
Com mais de 5.500 associados, 100 dos quais dedicados à produção de leite dentre outras atividades, a captação da cooperativa está com 10,6 milhões de litros/ano, mas a expectativa é de mais que dobrar nos próximos quatro ou cinco anos e de triplicar em 10. “Pode até ser mais. É uma questão de adesão dos associados, da velocidade do projeto e de nossa capacidade de administrá-lo”, afirma Peron.
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Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 635, de setembro 2017