Prorrogação do Padis reduz em 24,25% os custos de painéis de energia solar

energia solar

Por João Carlos de Faria

A ampliação da vigência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) até 31 de dezembro de 2026, conforme decreto do governo federal, publicado no Diário Oficial da União, em 28 de março último, é um incentivo à adoção de fontes limpas e renováveis de energia, como a energia fotovoltaica, tendência nos sistemas produtivos tanto por contribuir para a preservação do meio ambiente, descarbonizando a produção, quanto por proporcionar a redução de custos com o aproveitamento da energia captada para o funcionamento de equipamentos como bombas de água, irrigação, refrigeração, entre outros.

Uso de energia solar reduz os custos de fazenda em Minas Gerais (Crédito: Fazenda Ponte Alta/Divulgação)

De acordo com o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, a adoção de placas solares tanto nas propriedades leiteiras quanto na indústria láctea representa avanços na melhoria da competitividade de todo o setor.

“Com isso, tanto as propriedades quanto a indústria, podem avançar se tornando  autossustentáveis e favorecendo ainda a redução de custos”, assinala. Além de suprir necessidade de energia da propriedade ou da indústria, o excedente ainda vai para o sistema elétrico e se transforma em créditos abatidos na conta e, neste ciclo, a economia gerada se transforma em recursos para investimentos.

Com a iniciativa de prorrogar o prazo do Padis, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, as peças e equipamentos usados para a fabricação de painéis solares também passaram a ser desonerados. No total, são 24,25% a menos em impostos que foram zerados, sendo 6% em taxas de Importação, mais 6,5% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 6.5%; 2.1%; de PIS e 9,65% Cofins.

Cenário favorável – Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a geração própria nas propriedades rurais possui mais de 147 mil sistemas instalados, seja nos grandes empreendimentos ou nos pequenos produtores da agricultura familiar, com uma potência operacional de 2,6 GW (gigawatt).

Ainda de acordo com o mapeamento da ABSOLAR, o uso da energia solar no meio rural representa 14,7% de toda a potência instalada nos telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil (casas, comércios e indústrias), hoje com 18 GW.

A tecnologia fotovoltaica no campo está presente em mais de 4,6 mil municípios brasileiros com pelo menos um sistema instalado nas propriedades. Na pecuária de leite, o custo com energia impacta na produção e pode reduzir lucros, por isso, muitas fazendas têm aderido à energia renovável.

Ainda, segundo a Absolar, os motivos que impulsionaram o setor podem ser explicados por três fatores: o preço da energia elétrica; a maior oferta de financiamento para comprar o sistema de geração de energia solar; o custo-benefício, pois é possível recuperar o capital investido em cerca de cinco anos.

O tema está entre as reportagens da próxima edição da Balde Branco, que retrata a experiência de uma propriedade mineira, que se tornou autossuficiente em energia, com a instalação de placas fotovoltaicas e um sistema de bioenergia.

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