Evento do CBQL reúne número expressivo de especialistas e pesquisas na área, que sinalizam a importância que o assunto ganhou na atualidade (Luiz H. Pitombo)

 

“O País vive um momento muito especial, porque no ano passado tivemos muitas discussões sobre as normatizações que se materializaram nas Instruções Normativas 76 e 77 e agora passamos à sua implementação, o assunto está na ordem do dia”, salienta André Thaler, médico veterinário e presidente do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite (CBQL).

A entidade promoveu, em setembro, em Lages-SC, seu VIII Congresso, que acontece a cada dois anos, e que reuniu mais de 640 participantes, entre técnicos de campo, indústrias, universidades, pesquisadores, governo e outros. “Já esperávamos um crescimento, mas ele foi maior e posso dizer que esteve presente parcela representativa de quem trabalha com qualidade do leite no Brasil”, afirma.

Thaler, que é professor e pesquisador da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), avalia que existe bastante conhecimento sendo produzido, considerando a amostra dos trabalhos selecionados a participar do congresso. Ele conta que em sua apresentação frisou a importância da pesquisa em dar respostas às demandas da cadeia produtiva até o consumidor.  Embora ainda não disponha de números conclusivos sobre os reflexos a campo da entrada em vigor da nova legislação em maio, conta que em conversas com diretores de cooperativas e lideranças do setor as informações são de reações muito positivas quanto à melhora na qualidade do leite. Segundo Thaler “toda cadeia produtiva respondeu, e não só o produtor, a partir dos debates, cursos de capacitação, dias de campo e o congresso também é um elo importante nesse movimento”.

A maior responsabilidade pela matéria-prima é do produtor, mas o presidente do CBQL ressalta que cada integrante do setor deve cumprir o seu papel e que sempre há o que melhorar. Aos produtores, recomenda que após a adequação na contagem das 300 mil UFC (unidades formadoras de colônia através da média geométrica trimestral), o constante desafio será quanto à redução das CCS (contagem de células somáticas), prevenindo as inflamações da glândula mamária.

 


Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 659 (novembro/2019)

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