Queijos artesanais brasileiros ganham destaque no mundo: 57 medalhas no Mondial du Fromage

Queijos de várias partes do mundo, com muita variedade e qualidade, valorizaram as vitórias dos produtos brasileiros

ESPECIAL

Queijos artesanais brasileiros

ganham destaque no mundo:

57 medalhas no Mondial du Fromage

No aniversário de 57 anos da revista Balde Branco, tomamos a liberdade de comemorar nossa data junto com a grande vitória do segmento de queijos artesanais – muitos verdadeiras obras de arte –, que muitas vezes frequentaram as páginas da revista. E não só para comemorar tais conquistas, mas, como sempre, dando voz àqueles que, há incansáveis anos, travam uma batalha em defesa desse segmento como alternativa para os pequenos produtores de agregarem valor à sua atividade.

João Antônio dos Santos

João Carlos Leite: "Os ganhadores representam os pequenos produtores de queijos artesanais de todo Brasil, com as nossas riquíssimas e diversas identidades culturais – e com leite de vacas, cabras, ovelhas e búfalas –, ampliando o portfólio de matérias-primas para a culinária brasileira"

No salão do concurso Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, de Tours, na França, em sua 5ª Edição, de 12 a 14 de setembro, disputaram as medalhas 900 queijos de 46 países. O Brasil participou com 183 queijos de produtores de Minas Gerais, São Paulo, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, representando nossa cadeia de queijo artesanal. Os brasileiros conquistaram 57 premiações, maior número de medalhas depois da França. Foram 5 cinco medalhas “super ouro”, 11 medalhas de ouro, 24 de prata e 17 de bronze. Destas, Minas arrebatou, mantendo sua tradição, 40 medalhas, e São Paulo ficou com 15 medalhas.

Quanto a esse espetáculo e sua importância para o Brasil, segue a declaração do presidente da Associação de Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), João Carlos Leite: “Essa conquista valoriza nossos produtos, assim como nossa identidade cultural gastronômica, o que abre perspectivas para o mercado de leite no Brasil e principalmente para os pequenos produtores. Sabemos que leite é produto de commodities, assim como o queijo industrial também o é, mas o queijo artesanal não. Ele é de escala de pequenos produtores, com identidade cultural local, o que significa um mercado de alto potencial no mundo”. João é um dos principais líderes dessa longa batalha em prol do reconhecimento e da valorização da cadeia do queijo artesanal.

Ele prossegue, assinalando que o Brasil pode, num futuro a curto prazo, com a continuidade de políticas públicas, ser um grande e qualificado player nesse mercado. “Produção nós temos, qualidade, alguns tinham dúvidas, mas acabaram de ser superadas com essas medalhas. Agora, é realmente investir nesse negócio, que pode ampliar nosso mercado interno e gerar divisas para o Brasil. 

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