Vacas bem alimentadas garantem mais leite em Itapetininga

Vacas bem alimentadas

Vacas bem alimentadas e atividade mais rentável: propriedade em Itapetininga mostra que é possível produzir mais em área menor

Desde 2022, a família de produtores rurais recebe acompanhamento da CATI, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, dentro do Programa CATI Leite.

Por Bárbara Beraquet

Em Itapetininga, no sudoeste do Estado de São Paulo, o casal de produtores rurais José Geraldo Soares Júnior e Fátima de Medeiros Soares têm visto seu rebanho leiteiro prosperar e sua rentabilidade aumentar com o CATI Leite. A rotina na propriedade, onde vivem com seus dois filhos, é dividida entre o cuidado com a produção de leite e outros animais e tarefas.

Atendidos pela zootecnista Ana Paula Roque, da CATI Regional Itapetininga, José e Fátima acolhem as orientações técnicas e o acompanhamento do CATI Leite desde 2022, quando se mudaram para a atual propriedade de 6 ha, menor do que a anterior, que tinha 20 ha, e sentiram necessidade de otimizar seu trabalho e seus ganhos.

“Somos produtores de leite, mas não tecnificados. Procuramos acompanhamento para melhorar nossa condição de vida e de produção”, conta Geraldo. Ali, foram implantados controles zootécnicos e financeiros. O planejamento das atividades foi feito desde o início do atendimento na propriedade, de acordo com Ana Paula. “Fizemos amostragem de solo, correções de calagem e adubação, tanto nas áreas em que seriam implantados os pastos rotacionados, quanto nas áreas de produção de milho para silagem”, comenta.

Ana frisa que, entre as vantagens do sistema rotacionado, está a facilidade do manejo pela própria família. “Isso libera mão-de-obra da família para outras atividades dentro da propriedade”, diz.

Se na atual área a produção leiteira chega a 320 litros ao dia, com 19 animais em ordenha, na propriedade anterior, a família produzia 120 litros. Um aumento de mais de 150% que se refletiu de forma positiva também financeiramente.

Com mais produtividade e retorno financeiro, a família já investiu na melhoria das instalações e novos implementos, estruturando seu negócio e deixando um legado para as próximas gerações. “Eu queria que meus filhos continuassem. Se os dois não ficarem, pelo menos um. Porque nós já somos filhos de produtor. Eu já sou neta de produtor de leite. E eu gosto do que eu faço”, encerra Fátima.

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