1º Simpósio de Ordenha Robotizada da PUCPR acontece nesta terça e quarta-feira em Curitiba

O evento ocorre nos dias 22 e 23 de maio no Campus em Curitiba e ressalta a importância de informações científicas sobre a atuação dos robôs

Fazer uma pecuária leiteira tecnológica, produtiva e com ainda mais qualidade e segurança já é parte dos objetivos de milhares de produtores pelo mundo, inclusive no Brasil. Fomentando esse cenário, a Lely, referência mundial em soluções de automação para o segmento, é uma das patrocinadoras do 1º SIMROBO Leite, simpósio realizado pela Liga Acadêmica de Pecuária Leiteira – LAPLEITE, da PUCPR. O evento ocorre nos dias 22 e 23 de maio, no campus em Curitiba.

Tendo como principal objetivo consolidar cada vez mais a realidade de fazendas de leite automatizadas por meio do conhecimento científico e inovação, o simpósio traz palestras com nomes influentes na área, atuando dentro e fora das fazendas, abordando, sobretudo, pesquisas, dados e informações relacionadas à ordenha robotizada, promovendo a integração entre estudos acadêmicos e a realidade do setor.

O médico-veterinário, professor adjunto do curso de Medicina Veterinária da PUCPR e coordenador do evento, André Ostrensky, conta que a ideia surgiu há alguns anos, quando a universidade trouxe o sistema de ordenha robotizada ao campus, mas se concretizou somente este ano. “A Liga Acadêmica é o grupo de estudantes que está à frente do simpósio. Eles se organizaram após perceberem a necessidade e o aumento da demanda sobre o tema. É um assunto relativamente novo, mas que está crescendo muito no mercado, e até então não tinha nenhum evento totalmente direcionado. E trazemos não só a ordenha robotizada, mas também nutrição, sanidade e bem-estar animal, entre outros”, diz.

Ostrensky ressalta a constante busca por inovação e pioneirismo da universidade. Ele compartilha que, há cerca de 25 anos, foi inaugurado no campus o sistema de ordenha Carrossel, que, na época, ainda não era comum no país – posicionando o campus entre um dos poucos lugares que contavam com a estrutura. “A PUC sempre procurou essa inovação, esse pioneirismo no conhecimento voltado à produção de leite. Temos uma fazenda à disposição dos alunos, utilizada para pesquisas de extensão e diversos outros fins acadêmicos. Há também atividades realizadas em Fazenda Rio Grande, município próximo de Curitiba”, complementa.

“É de extrema importância estarmos como um dos principais patrocinadores do evento, não somente como empresa, mas principalmente como propulsores de um futuro que já vem sendo construído na cadeia leiteira nacional. Estar atuando junto a uma das universidades

mais renomadas e tradicionais do Brasil também reforça a necessidade da união entre teoria e parte prática, além da disseminação de informações e a realização de eventos como esse”, diz o gerente de negócios e estratégia da Lely LATAM, João Pedreira.

Analisar para compreender
Para compreender de forma mais ampla o que de fato ocorre nas fazendas, os dados tornam-se imprescindíveis. Com esse foco, o consultor e Dr. Jorge Henrique Carneiro, ministra a palestra “O que temos aprendido analisando dados de fazendas comerciais? Sistemas convencional e robótico” durante o simpósio.

“Atualmente temos um número de pesquisa científica feito com o sistema robótico muito menor do que o conhecimento que já temos sobre outras áreas da bovinocultura de leite, como nutrição convencional, sistema convencional, ordem, entre outros. Então aprender com os dados obtidos por meio do histórico de fazendas na prática, é essencial”, analisa. Carneiro também é proprietário da Dairy Inside, empresa que desenvolve trabalhos de consultoria nas áreas de nutrição, manejo e gestão de bovinos leiteiros.

“Temos acesso a um banco de dados relativamente expressivo de fazendas robotizadas do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e temos feito algumas análises de dados com essas informações, desde como o desenho das dietas tem influenciado no desempenho dos robôs, até estratégias de manejo, por exemplo”, diz.

Não basta automatizar, é preciso interpretar
Um dos principais pontos trazidos por Carneiro é a necessidade de os produtores compreenderem cada vez mais que não basta somente automatizar suas propriedades, mas também, e principalmente, saber interpretar os dados obtidos e tomar decisões mais eficientes a partir disso.

“Com os robôs, a gestão das fazendas fica mais complexa, mas, ao mesmo tempo, fornece muito mais informações e dados. Então, percebemos que não adianta ter a tecnologia e não saber interpretá-la, ou seja, não ter a rotina de olhar, interpretar e utilizar as informações que ela fornece. A automatização gera muitas ferramentas ao produtor, indicando melhorias, alertas e gargalos na produção. Mas, se não houver esse processo de observação e ação a partir disso, de nada serve”, conclui.

Experiência Lely na prática
Outra palestra que fará parte do simpósio será “Experiência do produtor: Principais pontos de atenção no planejamento em tráfego livre”, ministrada pelo proprietário e gestor da fazenda Melkland, em Carambeí (PR), Carlos Augusto Delezuk. Utilizando o robô de ordenha Lely Astronaut, o produtor alcança, atualmente, 32 mil litros de leite por dia, sendo 6 mil litros provenientes do robô, operando em tráfego livre. Em 2023 a propriedade se destacou mundialmente ao alcançar a 10ª posição na média de produção por animal entre os robôs Lely, com 47,3 litros por vaca.

Fonte: Lely

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