A Sekita tornou-se, em pouco tempo, uma das maiores produtoras de leite do País. Para isso, investiu em tecnologia e conhecimento, a fim de ajustar estratégias
em busca dos melhores índices reprodutivos
Por Luiz H. Pitombo
Nos galpões de free-stall da fazenda, situada no município de Rio Paranaíba, no Triângulo Mineiro, estão hoje 1.360 vacas Holandesas em lactação com média de 35 litros/dia. Para manter este patamar de produção e índices reprodutivos compatíveis com o negócio, a equipe da Sekita Agronegócios enfrenta importantes desafios e não tem resistência para mudar, mantendo à risca seus planos e os pés firmes na terra.
Uma nova etapa na rotina deste trabalho teve início em meados de 2014, através do aprimoramento do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e de alterações do manejo envolvendo a reprodução dos animais. Novas metas foram estabelecidas e os resultados obtidos comprovam o acerto das medidas e o empenho da equipe. Preocupava, em especial, a baixa taxa de prenhez, reflexo da taxa de serviço e de concepção também aquém do necessário.
Assim, foi realizada uma avaliação através da consultoria Conapec Jr., coordenada por José Luiz Moraes Vasconcelos (professor Zequinha), da Unesp, de Botucatu-SP. Este, após o diagnóstico da situação e conversas com a equipe da fazenda, montou uma nova estratégia que passou a ser seguida com todo o rigor.
“Discutimos bastante e investimos na proposta, fazendo conforme o combinado”, diz o médico veterinário Leonardo Lopes Garcia, diretor de pecuária da fazenda. Segundo ele, os resultados positivos obtidos estão diretamente associados à obediência absoluta ao plano traçado. Diz isso para observar que muitas vezes os produtores não acreditam no trabalho da universidade, fazem seus próprios testes e depois não sabem direito o que deu certo e o que não deu.
Ele considera que não houve dificuldades ao se adotar a nova rotina de trabalho, enfatizando que ela foi concretizada com muita dedicação e seriedade de todos os envolvidos. Quanto aos custos com a reprodução, diz que eles diminuíram, mas explica que “o protocolo em si é um pouco mais caro, mas como se emprenham mais animais, existe economia, menos serviço e vacas mais saudáveis”, diz. Garcia lembra que quando demoram a emprenhar essas fêmeas engordam, têm problemas na fase de transição e no momento do parto.
Leia a íntegra desta entrevista na edição Balde Branco 621, de julho 2016