Capim-elefante: surge uma nova cultivar

Alto índice nutricional caracteriza a BRS Capiaçu, nova variedade de capim-elefante lançada pela Embrapa Gado de Leite


Por Rubens Neiva

Cerca de 50 t de matéria seca por ha/ano, média de 30% a mais do que as cultivares disponíveis. Essa é a produção da BRS Capiaçu, nova cultivar de capim-elefante, lançada pela Embrapa Gado de Leite no último dia 26 de outubro. Entre as principais cultivares da espécie, a BRS Capiaçu é também a que apresenta o maior teor de proteína (veja a tabela 1).

Capiaçu, em tupi-guarani, significa capim grande. A cultivar não nega o nome, ultrapassando até 5 m de altura. O resultado é alta produção de biomassa. “Essa é sua melhor característica”, afirma o pesquisador Mirton Morenz. Ela é indicada para cultivo de capineiras. No período da seca, pode ser fornecida para os animais picada verde no cocho ou como silagem.

A vantagem de utilizar o capim ver¬de é que, assim, apresenta maior valor nutritivo. Conforme explica Morenz, “quando o capim é cortado aos 50 dias, chega a ter 10% de proteína bruta, índice superior ao da silagem de milho, com cerca de 7%”. O teor de proteína cai para 6,5%, com o corte aos 90 dias, e 5,5%, cortado aos 110 dias. O processo de ensilagem também diminui a quantida¬de de proteína, que passa a ter um teor pouco acima de 5% (tabela 2).

Segundo o pesquisador Antônio Vander Pereira, que coordenou o desenvolvimento da cultivar, a forrageira representa uma alternativa para a produção de silagem de baixo custo. “O que se gasta com a produção de silagem de BRS Capiaçu é três vezes menos, comparado à silagem de milho ou de sorgo”, diz. O valor nutritivo é comparável à silagem das forrageiras tradicionais e superior ao da cana-de-açúcar.

Para atender aos requerimentos energéticos e proteicos do rebanho, tanto na silagem de milho quanto na de BRS Capiaçu, a suplementação concentrada é necessária. Comparando as duas silagens na alimentação de vacas em lactação, a silagem de BRS Capiaçu implica na necessidade de maior quantidade de concentrado na dieta. Mas segundo Morenz, ainda assim, o seu uso é economicamente vantajoso, devido ao menor custo de produção.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 625, de novembro 2016

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