A gestão João Doria, na prefeitura de São Paulo, vai reformular, a partir do mês que vem, o programa de entrega de leite para estudantes da rede municipal de São Paulo.

Alunos a partir de 7 anos deixarão de receber o produto e, entre as crianças de até 6 anos, só as mais pobres terão direito ao benefício. Por outro lado, a prefeitura vai estender o benefício para crianças pobres que hoje nem sequer estão em escolas municipais. São famílias registradas, ou não, na fila por vaga em escolas da capital.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Programa Leve Leite beneficia hoje todos os alunos da rede, de 0 a 14 anos. Receberam o benefício no ano passado 916,2 mil estudantes. Com a mudança, o leite será entregue a 223,2 mil alunos de até 6 anos de idade. Outras 208,4 mil crianças não matriculadas na rede, mas em situação de pobreza, serão integradas em até quatro meses. No total, 431,7 mil crianças receberão o leite neste ano. Em relação ao total de atendidos, a redução é de 53%.

Segundo o prefeito, a principal motivação para a mudança é de ordem orçamentária. Há também a avaliação, compartilhada por diferentes especialistas, de que um programa universal de entrega de leite não faz sentido por não haver estudos de impactos nutricionais e de desempenho escolar. A gestão ressalta que a cidade tem 0,01% de crianças desnutridas. Falhas no programa, que impedem, por exemplo, que famílias recusem o benefício – além de registros de venda do leite na internet – colaboraram para essa decisão.

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