Os pequenos laticínios do Rio Grande do Sul investiram nos últimos 12 meses mais de R$ 44,710 milhões. Para os próximos três anos a projeção é de que estes investimentos superem os R$ 215 milhões, segundo a Apil-Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios-RS. Os números fazem parte de levantamento realizado pela entidade, tomando por base 26 indústrias.
No documento entregue ao secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Márcio Biolchi., que deve impactar dezenas de comunidades do interior do estado, a Apil/RS informou que os valores colocados se referem à novas plantas industriais, assim como ampliação e modernização de indústrias, que visam atender a necessidade do mercado.
Salienta, ainda, que nos últimos 12 meses o volume de leite chegou a 450 milhões de litros, o que corresponde a mais de 1,2 milhões de litros processados diariamente pelas 26 indústrias. Já o faturamento neste mesmo período ultrapassou os R$ 939 milhões, trazendo dividendos e contribuindo com o Estado em mais de R$ 33 milhões de tributos. A partir destes números, a entidade ressaltou a importância das pequenas agroindústrias para a economia dos municípios na geração de emprego e renda, mantendo a integração dos produtores de leite e suas comunidades.
Da mesma forma demonstrou que os estímulos dados até o momento foram acertados e determinaram uma resposta à altura dos empresários, mesmo diante do cenário atual de crise e na contramão de outros segmentos que seguem reduzindo postos de trabalho.
Conforme o presidente da entidade, Wlademir Dall’Bosco, a Apil/RS busca uma política fiscal mais justa e equilibrada, e que leve ao desenvolvimento das pequenas agroindústrias. Observa, no entanto, que para isso é necessário que o Estado permita o uso concomitantemente, mas segregado, do benefício de saída do queijo nas operações interestaduais com o benefício interno nas pequenas indústrias.
“Estamos solicitando que os pequenos laticínios sejam enquadrados nas vendas para fora do Estado com crédito presumido de 10% do ICMS sobre a produção de forma ilimitada. Hoje, as pequenas agroindústrias gaúchas estão subordinadas a um decreto lei que limita esse incentivo até dois milhões de litros/mês, caso cresçam o percentual cai para até 4%, é uma questão de competitividade e estímulo”, explica.