A venda de sêmen de raças leiteiras caiu 14,5% na comparação de 2016 com 2015, mas o setor prevê reação do mercado. Já as exportações avançaram 36% no período
Por Romualdo Venâncio
As vendas de sêmen de raças bovinas de leite chegaram perto de 3,7 milhões de doses no ano passado, segundo levantamento da Asbia-Associação Brasileira de Inseminação Artificial. Esse número revela queda de 14,5% em relação a 2015, quando a comercialização passou de 4,3 milhões de doses.
Sergio Saud, presidente da entidade, afirma que o resultado representa uma retomada no setor. A análise do dirigente tem fundamento: “No primeiro semestre, estávamos com uma queda de 27%”, afirma. Segundo ele, os principais motivos dessa situação foram a elevação dos custos da atividade e a queda nos preços pagos aos produtores de leite.
Diante de tal cenário, muitos preferiram trabalhar com o sêmen que ainda tinham estocado em seus botijões e reduziram os investimentos. No segundo semestre, os custos ainda estavam altos, mas a remuneração dos pecuaristas passou a dar sinais de recuperação.
“No último trimestre, a situação melhorou bem, pois a redução dos custos persistiu e os preços do leite reagiram. As vendas foram muito boas para praticamente todas as empresas associadas da Asbia”, comenta Saud, que acrescenta: “De alguma maneira, foi uma resposta positiva”.
O presidente da Asbia faz questão de ressaltar a relevância da continuidade no processo de melhoramento do rebanho. “É importante sempre lembrar que a genética está numa ponta da cadeia e qualquer mudança afeta os resultados na outra”, observa. Ele reforça que a interrupção na seleção do criatório terá impacto negativo daqui a dois ou três anos, como a queda na qualidade do plantel, sobretudo, das matrizes, e de produtividade.
Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 631, de maio 2017